Produtos.
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A forma xantocarpa (frutos amarelos) de Bourbon foi examinada pela primeira vez pelo Dr. Carlos Arnaldo Krug, em 1930, em Pederneiras, SP, sendo sua origem pouco conhecida. Pode ter sido originada da mutação de ‘Bourbon Vermelho’ ou também surgido como produto de recombinação do cruzamento natural entre ‘Bourbon Vermelho’ e ‘Amarelo de Botucatu’, pois, nas populações originais em que foi selecionada, foram encontradas algumas plantas de fenótipo semelhante ao da cultivar Bourbon Vermelho e outras ao da cultivar Amarelo de Botucatu. Além disso, a produção média de suas melhores seleções é superior à da ‘Bourbon Vermelho’ em 32% a 45%.
O Instituto Agronômico de Campinas, por meio da Seção de Genética, efetuou, em 1945, a seleção de numerosas plantas em Jaú (SP), cujas progênies foram estudadas em vários locais, originando o material genético da cultivar Bourbon Amarelo, indicada para o plantio.
Originou-se como produto de recombinação a partir de um cruzamento artificial entre cafeeiros selecionados, pela produtividade, das cultivares Caturra Amarelo, IAC 476-11 e Mundo Novo IAC 374-19, de C. arábica. A hibridação foi realizada em Campinas, em 1949 e o híbrido recebeu o prefixo IAC H 2077. Teve-se em vista transferir para a cultivar Mundo Novo o fator dominante Caturra (CtCt), o qual confere porte baixo, por meio da redução do comprimento dos internódios. Na população F (IAC H2077-2-5), homozigota, CtCt e heterozigota 3 para os alelos Xcxc, responsáveis pela cor do exocarpo, selecionaram-se plantas com frutos de cor vermelha. Aos descendentes desses cafeeiros na geração F e gerações subsequentes, caracterizados por serem vigorosos 4 e altamente produtivos, deu-se a denominação de Catuaí Vermelho. O termo Catuaí, em tupi-guarani, significa “muito bom”. A cultivar foi lançada para fins comerciais, em 1972, pelo IAC e registrada no Registro Nacional de Cultivares (RNC), em 1999.
Originou-se como produto de recombinação a partir de um cruzamento artificial entre cafeeiros selecionados, pela produtividade, das cultivares Caturra Amarelo, IAC 476-11 e Mundo Novo IAC 374-19, de C. arábica. A hibridação foi realizada em Campinas, em 1949 e o híbrido recebeu o prefixo IAC H 2077. Teve-se em vista transferir para a cultivar Mundo Novo o fator dominante Caturra (CtCt), o qual confere porte baixo, por meio da redução do comprimento dos internódios. Na população F (IAC H2077-2-5), homozigota, CtCt e heterozigota 3 para os alelos Xcxc, responsáveis pela cor do exocarpo, selecionaram-se plantas com frutos de cor vermelha. Aos descendentes desses cafeeiros na geração F e gerações subsequentes, caracterizados por serem vigorosos 4 e altamente produtivos, deu-se a denominação de Catuaí Vermelho. O termo Catuaí, em tupi-guarani, significa “muito bom”. A cultivar foi lançada para fins comerciais, em 1972, pelo IAC e registrada no Registro Nacional de Cultivares (RNC), em 1999.
Características
Estas cultivares são suscetíveis à ferrugem e aos nematoides, mas possuem elevado vigor. A altura das plantas pode atingir 2,0 a 2,4m, em média e o diâmetro da copa, de 1,7 a 2,1m. Em algumas regiões cafeeiras, como em Patrocínio, MG, essas dimensões podem ser bem maiores. Os internódios são curtos e a ramificação secundária é abundante. O sistema radicular é bem desenvolvido. As folhas novas são de cor verde-clara e as adultas, verde-escuro brilhante. As inflorescências ocorrem em número de 3 a 5 por axila foliar, com três a cinco flores por inflorescência. Usualmente, os dois florescimentos principais ocorrem nos meses de setembro e outubro, e a maturação dos frutos, em maio e junho. O número médio de dias desde a fertilização à maturação completa dos frutos, nas condições de Campinas, SP, é de 230. O peso médio do fruto varia de 1,10 a 1,24 g e o peso médio de 1.000 sementes do tipo chato, de 102 a 123 g. O valor da peneira média é 6,5. A porcentagem de sementes normais, do tipo chato, oscila de 82,3% a 89, 1%. O rendimento é em torno de 50%. A produção média de café beneficiado, em espaçamentos normais, varia de 1.800 a 2.400 kg por ha. Produções de até 6.000 kg podem ser obtidas em anos de elevada produção e em espaçamentos menores. Em plantios adensados ou superadensados, a produtividade anual pode alcançar, em média, até 3.000 kg. Em áreas irrigadas e no espaçamento de 3,8 m x 0,5 m, como ocorre em Barreiras, BA, a produtividade média chega a ser de 3.600 kg/ha. A qualidade da bebida é excelente. A participação da cultivar Bourbon Vermelho em sua formação é de 75%. A uniformidade de uma lavoura de ‘Catuaí Vermelho IAC 144’ cultivada sob pivô central, está ilustrada na Figura 4.